sexta-feira, 19 de março de 2010


Estava tão perto e ao mesmo tempo tão longe do que eu queria. Estava olhando o mar, perto dele, mas meus pensamentos o ultrapassavam, iam longe e conseguiam chegar até você. Olhava tudo. Buscava você. Olhava as ondas se quebrando na praia, ondas calmas, totalmente diferente do meu interior. As ondas fugiam da areia, assim como você foge de mim agora. A areia não as decepcionou, já eu, não posso falar o mesmo em relação a mim, para contigo. Errei. Quem não erra?
Acho que assim como as ondas, você cresceu em mim, na minha maré; Assim como as ondas você pode parecer calmo ou uma tormenta na minha praia. Agora, simplesmente observo um pássaro, que voa livremente pelo céu, mais precisamente sobre minha cabeça. Ela sim parece ser livre; Livre pra voar por todos os caminhos, para voar sobre todos os mares Mesmo que ainda voe sozinha, ela sim, tem a liberdade para voar. Observo ao longe um barco ancorado, ele parece imóvel, mas como algo pode se tornar imóvel, sob efeito das ondas do mar? Não pode.
Assim como você, elas arrebatam, calma ou agitadamente, tudo o que se encontra pela frente. Sim, as nuvens do céu, também permanecem paradas, paradas e ao mesmo tempo em movimento, elas têm formas que se distorcem a cada momento. Assim como o mar, as ondas, o pássaro e o céu, é você; Não sei o que me causam, eu apenas quero ter uma oportunidade, uma oportunidade de decifrá-los, e permitir que me decifrem também.
Observo agora, as ondas já não alcançam os limites que alcançara antes. Elas avançaram, e quase chegam a mim, como se fosse algo da onda para as vontades do mar.

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